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sexta-feira, outubro 10, 2008

Amo-te Patrícia

Ontem ao chegar ao trabalho deparei-me com uma decoração inesperada na varanda em frente.
Uma faixa de tecido com a frase «Amo-te Patrícia», orgulhosamente colocada, como se fosse uma colcha, em dia de procissão.

Há quem diga: «o amor tem destas coisas!». Tenho sérias dúvidas.

Não sei as estórias que esta faixa encerra.Nem se a Patrícia ou Patrícias a quem se destina passam naquela rua. Talvez nem se destine a nenhuma Patrícia, mas seja uma espécie de código dum grupo de espiões...

Consigo imaginar muitas explicações, mais ou menos românticas. Independentemente delas, gosto de pensar que alguém, seja lá por que motivo for, pensou fazer alguma coisa diferente e fê-lo, sem se importar se parece mal, e outros se.

Esta era a mensagem de fundo que captei do espectáculo do Pedro Tochas «Já tenho idade para ter juízo».
Pode-se ter idade, ter mais ou menos «juízo», o que quer que isso signifique, mas tem que se misturar uma pitadinha de loucura, para temperar a vida na perfeição.

O que seriam os meus dias sem as baboseiras e as «horas da filosofia» com os colegas, enquanto ouvimos os berros da senhora que dá na rádio? Dias com menos graça.