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quinta-feira, junho 29, 2006

Noite de S.João

Como uma noite encantada!
Vestiu-se de magia e perfumou-se de manjericos. Estava linda a cidade! Arranjada para a festa.
De todos os cantos, gente feliz. Largam balões como soltam gargalhadas.
De rua em rua, de baile em baile, a cidade recebe os convidados com pompa e circunstância.
Entre martelos, sorrisos e passitos de dança, nasce a alegria, cresce a amizade.
A Cidade espreita, contente. Os convivas divertem-se!
Chegada a meia noite, apagam-se as estrelas. Algum suspense...e somos cobertos por um manto de luz. Pó das estrelas, fitas douradas, prateadas, coloridas. Como se duma árvore de Natal se tratasse, o céu enche-se de brilho e cor. O rio serpenteia ao ritmo da música, enquanto a ponte, assiste majestosa, iluminada pelas cores do céu.
Está feliz a cidade. A festa foi um sucesso!

segunda-feira, junho 19, 2006

Hoje vi o mar

Hoje vi o mar.
Vi-te no mar.
Sereno, azul, imenso.
Senti o beijo ondulado,
As carícias suaves na areia,
O cheiro a Verão...
Hoje perdi-me no mar.
Olhei para o horizonte,
E deixei-me levar
Nos braços do vento.
O mar trouxe-me de volta.

terça-feira, junho 13, 2006

Sonhar

Vale a pena sonhar! Evidentemente nem todos os nossos sonhos se realizam, e ainda bem ...
Sonhar faz-nos caminhar, faz-nos querer e, sobretudo, faz-nos fazer acontecer.
Podemos ter sonhos tolos, impossíveis, não importa. Nenhum sonho é vão!
Tolo é não sonhar... porque quantos mais sonhos tivermos mais poderemos realizar!

terça-feira, junho 06, 2006

Voltou a florir!

Comprei esta planta há seis anos. Ainda me lembro, foi a primeira vez que fiz um jantar para os meus amigos aqui em casa.
Preparei tudo com tanto cuidado.Vieram todos. A Manela, o Faria e a Cristina, o Hélio e a Carla que ainda eram namorados, o Rui e a namorada.
Estava quase tudo pronto e quase na hora de eles chegarem, quando comecei a achar a casa demasiado vazia, faltava-lhe o ar de um lar. Precisava de um banhinho de decoração! Saí à procura e dei logo de caras com ele. Aqui mesmo na rua um vaso lindo. A planta enorme toda florida, duma cor pouco vulgar, como eu nunca tinha visto! Apaixonei-me. Eras tu que faltavas. Ficou espectacular, junto da minha janela preferida.
Ficou assim, linda e florida durante bastante tempo, até que, lentamente, todas as flores foram morrendo. Mimei-a como pude mas não havia meio de ela voltar a florir.
Há uns tempos resolvi transformá-la, dividi-a. Agora são três. Todos os dias lhes dou atenção, nunca perdi a esperança.
Hoje, reparei, tenho uma prenda! Duas flores. Ultimamente tenho reparado que estão cada dia mais bonitas. Agora voltaram a florir!

segunda-feira, junho 05, 2006

Danças comigo?

Ouço a música e mal posso esperar.
-Danças comigo?
-Claro!
-Não sei se conheço bem os passos...
-Basta deixares-te conduzir.
Iniciamos a dança tentando manter o mesmo ritmo. Conto os tempos baixinho. Faço por esquecer tudo o que aprendi para não ficar presa aos passos, para entrar mesmo na dança!
-Afinal, quem é que conduz?
-Tens razão...
Estou habituada a controlar as situações, é difícil deixar-me conduzir.
- Tenho que estar concentrada para entender os sinais.
-Fecha os olhos.

De olhos fechados, sinto a música, deixo-me guiar.
-Estou mesmo a dançar!!!

Sinto a magia da dança. Já não conto os tempos, não sei se existem passos, não conduzo, não sou conduzida.
Numa sintonia perfeita, são os nossos corações a marcar o ritmo e é só a ele que respondem os nossos corpos.
Sinto-me a flutuar!